A tensão entre Coréia do Sul e Coréia
do Norte tem origem na divisão de poder global após a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945). Durante o processo de ocupação das áreas tomadas pelo Japão - um
ex-aliado nazista -, os Estados Unidos ficaram com o sul da península Coreana,
enquanto a União Soviética estabeleceu suas tropas no norte.
Inspirados pela revolução comunista na China, em 1949, os norte-coreanos decidiram, no ano seguinte, tentar unificar as Coréias por meio de uma declaração de guerra ao Sul. Começava ali a Guerra da Coréia (1950-1953), que tinha de um lado o apoio das tropas soviéticas e, do outro, a participação de militares americanos.
O conflito foi encerrado com ambos os lados voltando para os limites do paralelo 38, a linha imaginária que marcava a divisão inicial entre os territórios comunistas e capitalistas. Apesar da assinatura do Tratado de Pan-munjom ter acabado com as batalhas imediatas, um acordo de paz nunca foi estabelecido, e Coréia do Sul e Coréia do Norte continuam oficialmente em guerra até hoje.
Nas décadas seguintes, enquanto a Coréia do Sul modernizou sua indústria e virou um dos principais países exportadores da Ásia, a Coréia do Norte manteve o sistema comunista de governo, com rígido controle sobre os meios da produção.
Ambos os países, no entanto, continuaram investindo fortemente em suas Forças Armadas. No Sul, o foco estava no treinamento das tropas e na aquisição de caças e tanques americanos. O Norte, por sua vez, desenvolveu um polêmico programa nuclear que culminou, em 2006, com o primeiro teste de uma bomba atômica do país comunista.
O desenvolvimento da arma nuclear pela Coréia do Norte elevou as tensões a um novo patamar na península e provocou intensificação das sanções econômicas da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o país. Paradoxalmente, analistas acreditam que a situação só não se desenvolveu em um novo conflito por causa da bomba atômica norte-coreana, que desencoraja um ataque do Sul.
Inspirados pela revolução comunista na China, em 1949, os norte-coreanos decidiram, no ano seguinte, tentar unificar as Coréias por meio de uma declaração de guerra ao Sul. Começava ali a Guerra da Coréia (1950-1953), que tinha de um lado o apoio das tropas soviéticas e, do outro, a participação de militares americanos.
O conflito foi encerrado com ambos os lados voltando para os limites do paralelo 38, a linha imaginária que marcava a divisão inicial entre os territórios comunistas e capitalistas. Apesar da assinatura do Tratado de Pan-munjom ter acabado com as batalhas imediatas, um acordo de paz nunca foi estabelecido, e Coréia do Sul e Coréia do Norte continuam oficialmente em guerra até hoje.
Nas décadas seguintes, enquanto a Coréia do Sul modernizou sua indústria e virou um dos principais países exportadores da Ásia, a Coréia do Norte manteve o sistema comunista de governo, com rígido controle sobre os meios da produção.
Ambos os países, no entanto, continuaram investindo fortemente em suas Forças Armadas. No Sul, o foco estava no treinamento das tropas e na aquisição de caças e tanques americanos. O Norte, por sua vez, desenvolveu um polêmico programa nuclear que culminou, em 2006, com o primeiro teste de uma bomba atômica do país comunista.
O desenvolvimento da arma nuclear pela Coréia do Norte elevou as tensões a um novo patamar na península e provocou intensificação das sanções econômicas da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o país. Paradoxalmente, analistas acreditam que a situação só não se desenvolveu em um novo conflito por causa da bomba atômica norte-coreana, que desencoraja um ataque do Sul.
Mais recentemente, em março de 2010, um ataque com torpedo atribuído a
um submarino norte-coreano provocou o afundamento da corveta Cheonan, da
Marinha da Coréia do Sul. Ao menos 46 militares morreram na ação, fortemente
condenada pela comunidade internacional.
Parte da agressividade da Coréia do Norte pode ser atribuída à constante necessidade de ajuda internacional em questões básicas como alimentação e remédios. O governo norte-coreano, liderado pelo ditador Kim Jong-il, é incapaz de suprir todas as necessidade de sua população e constantemente usa a chantagem militar como forma de conseguir mais recursos.
Parte da agressividade da Coréia do Norte pode ser atribuída à constante necessidade de ajuda internacional em questões básicas como alimentação e remédios. O governo norte-coreano, liderado pelo ditador Kim Jong-il, é incapaz de suprir todas as necessidade de sua população e constantemente usa a chantagem militar como forma de conseguir mais recursos.
Conflitos entre Coreia do Norte e Coreia do Sul
Por Emerson Santiago
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O conflito envolvendo Coreia
do Sul (República da Coreia) e Coreia
do Norte (República Democrática Popular da Coreia) é um dos poucos
episódios ainda não resolvidos dos tempos da Guerra
Fria, onde duas ideologias, a capitalista e a socialista lutavam pela
supremacia mundial por meio de uma disputa geopolítica, e que afetou de modo
irremediável a península coreana.
O problema fundamental é que a região é habitada por uma etnia predominante,
a coreana, e que historicamente formava um único país, uma única entidade, com
uma única cultura,
língua e costumes e desde o fim da Segunda Guerra Mundial, após livrar-se da
vergonhosa dominação japonesa, passou a encarar o drama da divisão, pura e exclusivamente
ideológica, cuja pior consequencia é separar inúmeras famílias e colocar
coreanos contra coreanos.Assim, após a saída dos japoneses, estabeleceu-se o paralelo 38 como marco da divisão entre as esferas de influência (um eufemismo para ocupação) soviética e americana, assim como aconteceu com a Alemanha e o Vietnã. Dela nasceu os atuais estados soberanos da Coreia do Sul, capitalista, e do Norte, de regime socialista. Ocorreram diálogos em torno da unificação do país, mas a tensão ao redor do marco divisório foi crescendo com o tempo, o que desembocou finalmente num conflito, a chamada Guerra da Coreia, quando forças norte-coreanas resolveram invadir a metade sul, em junho de 1950. A Guerra da Coreia, de 1950 a 1953, seria o primeiro conflito armado da era da Guerra Fria, e deixaria as principais cidades coreanas todas arrasadas, fazendo com que as duas Coreias figurassem entre as mais pobres nações do mundo à época.
Tecnicamente, nunca foi celebrada a paz entre os dois lados, e desde 1953, ambos os países encontram-se em "estado de beligerância", ou seja, qualquer tipo de relações ou intercâmbio estão paralisadas. Os encontros entre os líderes coreanos do sul e do norte, que muitas vezes são apresentados em jornal e televisão ocorrem justamente para que se resolva tal questão. Tal situação intrincada serve em grande parte para explicar o porquê da persistência deste conflito derivado da Guerra Fria.
Segue desse modo, a divisão, que já conta com quase 70 anos, onde presenciamos a arrancada da Coreia do Sul rumo a uma posição de destaque na economia mundial, figurando entre as principais economias do mundo, um dos "tigres" asiáticos, e que deu origem a várias empresas de tecnologia, como a LG, Samsung e ainda a Hyundai, no setor automobilístico. Do lado norte-coreano, o regime socialista tornou-se cada vez mais radical, fechando o país de modo paranóico, com uma economia humilde, onde os investimentos vão em grande parte para a compra de armamentos. Com a morte recente de Kim Jong-Il (o segundo chefe de estado que a Coreia do Norte teve até hoje), e a ascensão de seu filho, Kim Jong-Un, há uma expectativa de que o fechado regime socialista torne-se um pouco mais flexível. Continua o sonho para muitos, mesmo que na prática ainda complicado, de que as duas Coreias possam novamente constituir um só país.
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